sábado, 7 de setembro de 2013

Contra Exu

"Exu" - escultura de Tamba. Sem data.

Na Universal, vale quase tudo para "despertar a fé das pessoas", ou para convencê-las de que a igreja prega um Evangelho de poder, que, além de verdadeiro, "funciona" na prática. As "sessões espirituais de descarrego", criadas no limiar do novo milênio, constituem um de seus mais recentes e populares experimentos sincréticos. Como se pode perceber, não se trata propriamente de culto a Deus, mas de "sessão" dedicada à imprecação de encostos ou demônios que insistem em "encostar-se" nos adeptos e na clientela da Universal. [...]
Apesar de a imagem genérica em torno do sincretismo remeter-se comumente a uma suposta e tradicional tolerância religiosa dos brasileiros, a opção sincrética da Universal, cumpre frisar, não a levou a suprimir seus rompantes de intolerância nem sua notória hostilidade aos cultos afro-brasileiros. Daí uma das principais razões de seu envolvimento em diversos incidentes e conflitos religiosos ao longo dos anos.

Trecho do artigo Expansão pentecostal no Brasil: o caso da Igreja Universal, de Ricardo Mariano.  Estudos Avançados.  São Paulo,  v. 18, n. 52, 2004.


Os exus [...] são espíritos malignos sem corpo, ansiando por achar um meio para se expressarem neste mundo, não podendo fazê-lo antes de possuírem um corpo. Por isso, procuram o corpo humano, dada a perfeição de funcionamento dos seus sentidos. Existem casos em que por força das circunstâncias eles chegam a possuir animais para cumprir seus intentos perversos.

Trecho do livro Orixás, caboclos e guias: deuses ou demonios?, de Edir Macedo. Rio de Janeiro: Unipro, 2012.

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