Os lugares preferidos de Exu são as encruzilhadas e os mercados – como a
Feira de São Joaquim, em Salvador, ou o Mercado de Madureira, no Rio de
Janeiro, que lembram em muitos aspectos os mercados nigerianos.
Trecho do livro Candomblé: a panela do segredo, de Pai Cido de Òsun Eyin. Editora Arx, 2008.
Conta a tradição oral que o mercado municipal de Porto Alegre também possui o seu Exú protetor e sustentáculo, assentado e enterrado no solo do local. Não se sabe ao certo a sua localização, mas conta-se que não pode ser desenterrado, pois isso faria ruir a edificação. A relação existente entre Exú e as feiras e mercados públicos é essencialmente comunicacional. “Mas quem o esquece, ou não lhe faz as devidas oferendas, incorre na sua ira e ele, por ser extremamente vingativo, provocará brigas e disputas – pois é o senhor de quem está na feira – ou, então, fará as intercomunicações cessarem” [...]. Sem Exú, sem comunicação, não há venda. Sob os auspícios de Exú, o mercado configura-se como locus da comunicabilidade, da troca entre os comuns, da partilha de sensibilidades.
Mercadão de Madureira:
Feira de São Joaquim, por Luciana Zacarias:
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