O Mercado Público faz parte dos
“caminhos invisíveis dos negros em Porto Alegre”, e sua importância
deve-se a preservação e culto ao Orixá Bará Agelu Olodiá assentado no
centro do prédio. O Bará é, dentro do panteão africano, a entidade que
abre os bons caminhos, o guardião das casas e da cidade, e representa o
trabalho e a fartura. Os religiosos de matriz africana e frequentadores
acreditam na força do axé do orixá, que garantiu a sobrevivência e a
prosperidade do mercado ao longo de seus 244 anos, dando fartura aos
transeuntes que passam no local e fazem seus pedidos. Os africanistas e
simpatizantes, ao fazerem seus pedidos de abertura dos caminhos na terra
para a fartura de comida na mesa e de prosperidade na vida ao Bará,
jogam sete moedas, como certos da sua proteção.
Trecho do texto Bará do mercado, de Mãe Norinha de Oxalá. Disponível em:
<http://museudepercursodonegroemportoalegre.blogspot.com.br/p/textos.html>.
<http://museudepercursodonegroemportoalegre.blogspot.com.br/p/textos.html>.
[...] documentário "A Tradição do Bará do Mercado - Os Caminhos Invisíveis do
Negro em Porto Alegre", dirigido por Ana Luiza Carvalho da Rocha [...]
traz relatos de babalorixás, ialorixás, tamboreiros e outros
praticantes de religiões afro-brasileiras na Capital do Rio Grande do
Sul. Buscando tornar mais conhecida uma antiga tradição, que se manifesta por
meio de rituais e práticas realizadas pelos religiosos de matriz
africana no interior e arredores do Mercado Público de Porto Alegre, o
documentário permite ao espectador um passeio no tempo e pelas
transformações de Porto Alegre sob o ponto de vista do negro. Conforme a
tradição, no meio da encruzilhada que funda o Mercado está "sentado" o
orixá Bará - entidade responsável pela abertura dos caminhos e pela
fartura.
O vídeo integra projeto patrocinado pela Petrobrás, por meio da Lei Federal de Incentivo a Cultura. Tem produção de Anelise Gutterres, fotografia de Rafael Devos, captação sonora de Viviane Vedana e edição de Alfredo Barros. O projeto foi realizado pela Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre em parceria com a Congregação em Defesa das Religiões Afro do Estado do Rio Grande do Sul (Cedrab).
O vídeo integra projeto patrocinado pela Petrobrás, por meio da Lei Federal de Incentivo a Cultura. Tem produção de Anelise Gutterres, fotografia de Rafael Devos, captação sonora de Viviane Vedana e edição de Alfredo Barros. O projeto foi realizado pela Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre em parceria com a Congregação em Defesa das Religiões Afro do Estado do Rio Grande do Sul (Cedrab).
Texto de Anahy Metz publicado no Portal do Estado do rio Grande do Sul. Disponível em: <http://www.rs.gov.br/master.php?capa=1&int=noticia¬id=105272&pag=218&editoria=&midia=&menu=orig=1>.
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