"Exu Capa Preta" - Leopoldo Tauffenbach, 2010. http://www.flickr.com/photos/tauffenbach/sets/72157631542645557/ |
Há algumas diferenças na maneira de ver Exu no Candomblé e na Umbanda.
No primeiro, Exu é como os demais Orixás, uma personalização de
fenómenos e energias naturais. O Candomblé considera que as divindades,
ou seja os Orixás, incorporam nos médiuns (cavalos ou aparelhos). Na
Umbanda, quem incorpora nos médiuns, além dos Caboclos, Pretos Velhos e
Crianças, são os Falangeiros de Orixás, representantes deles, e não os
próprios.
A Umbanda considera os Exus não como deuses, mas
como uma entidade em evolução que busca, através da caridade, a
evolução. Em síntese, o grande agente mágico do equilíbrio universal.
Também é o guardião dos trabalhos de magia, onde opera com forças do
astral. E também são considerados como “policiais”, “sentinelas”,
“seguranças” que agem pela Lei, no submundo do “crime” organizado e
principalmente policiando o Médium no seu dia-a-dia. As “equipes” de
Exus sempre estão nestas zonas infernais, mas, não vivem nela.
Obedecem à severa hierarquia nos comandos do astral se classificando também como Exus cruzados, espadados e coroados.
Exus de Umbanda, de acordo com a crença religiosa, são espíritos de
diversos níveis de luz que incorporam nos médiuns de Umbanda, Omolokô,
Catimbó, Batuque, Santo Daime, Xambá e Candomblé de caboclo.
Trecho do texto Exu no Candomblé e na Umbanda, de Maria Manuela. Disponível em <http://ocandomble.wordpress.com/2009/09/02/exu-no-candomble-e-na-umbanda/>.
Outra reinterpretação umbandista coloca Exu na ordem evolucionista de precedência conforme o modelo kardecista; ele é reduzido a um espírito menos evoluído que todavia tem potencial para evoluir e se tornar um espírito bom. Alguns umbandistas distinguem entre Exu pagão e Exu batizado, que se submeteu à doutrinação e encontrou o caminho certo da escada da evolução. Esta distinção reflete algo do caráter original ambivalente de Exu, apesar do rito de passagem do batismo, que define a distinção que é certamente novo. Novamente este batismo do Exu pagão tem sido interpretado como uma expressão e aculturação e domesticação do mal, do perigo e da imoralidade.
Trecho do artigo Discursos sobre as religiões afro-brasileiras - Da desafricanização para a reafricanização, de Tina Gudrun Jensen, traduzido por Maria Filomena Mecabô (Revista de Estudos da Religião - REVER Nº 1, 2001). Disponível em <http://www.pucsp.br/rever/rv1_2001/t_jensen.htm>.
Outra reinterpretação umbandista coloca Exu na ordem evolucionista de precedência conforme o modelo kardecista; ele é reduzido a um espírito menos evoluído que todavia tem potencial para evoluir e se tornar um espírito bom. Alguns umbandistas distinguem entre Exu pagão e Exu batizado, que se submeteu à doutrinação e encontrou o caminho certo da escada da evolução. Esta distinção reflete algo do caráter original ambivalente de Exu, apesar do rito de passagem do batismo, que define a distinção que é certamente novo. Novamente este batismo do Exu pagão tem sido interpretado como uma expressão e aculturação e domesticação do mal, do perigo e da imoralidade.
Trecho do artigo Discursos sobre as religiões afro-brasileiras - Da desafricanização para a reafricanização, de Tina Gudrun Jensen, traduzido por Maria Filomena Mecabô (Revista de Estudos da Religião - REVER Nº 1, 2001). Disponível em <http://www.pucsp.br/rever/rv1_2001/t_jensen.htm>.
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